Sempre a aprender

O Portimão Portugal Women's Cup terminou para nós com o 4º Round Robin, no qual não somámos nenhuma vitória. Foi, mais uma vez, uma dia de vento fraco inicialmente, que evoluiu para médio, a soprar de Oeste. Fomos mais inventivas nas pré-largadas, e conseguimos largar numa boa posição em cerca de metade dos matches. A última pré-largada, contra a equipa de Claire Leroy foi a que mais nos agradou - nunca fomos controladas, e calculámos bem o timing para linha, pelo que tudo indicava, a segundos do derradeiro toque, que íamos largar à frente; infelizmente, não conseguimos ser tão rápidas quanto o necessário a pôr o barco em velocidade, e a adversária alcançou-nos e largou com vantagem. As bolinas foram sempre muito renhidas, mas as adversárias conseguiam levar a melhor nas manobras que se seguiam à rondagem da bóia de barlavento.

O campeonato prosseguiu no dia 3 de Julho com as Finais. Rita Gonçalves e Klaartje Zuiderbaan disputaram a Petit Final, tendo a equipa holandesa levado a melhor por 2-1. Por sua vez, Claire Leroy "limpou" a Grande Final, deixando a dinamarquesa Camille Ulrikkeholm a perder por 3-0. Todas nós tivemos a oportunidade de assistir aos flights das finalistas, de diferentes perspectivas - Comissão de Regatas, Umpires e barco da imprensa - e percebemos alguns pormenores que as grandes velejadoras presentes usam para tirar o máximo de rendimento do barco e da tripulação. Sempre a aprender...

Agradecemos à POR 402 Eventos Náuticos pelo apoio nesta prova, e por nos ter ajudado a chegar até ela.

Um grande abraço às velejadoras que se juntaram à nossa equipa nestes duros dias, e sem quem não conseguiríamos ter participado neste evento, Neuza Aires Pereira, Cristina Conceição e Anouschka D'Souza.

2º dia

O 2º dia do Portugal Women's Cup contou com vento para todos os gostos: de manhã, mal enchíamos as velas; à tarde, o barco bolinava já muito adornado.

Com as alterações que fizemos a bordo, sentimos que melhorámos muito a velocidade das manobras, e estávamos muito mais coordenadas. O nosso maior obstáculo foram as pré-largadas... As adversárias são muito fortes, e controlam muito bem "o jogo", não abrindo oportunidades para conseguirmos largar de uma boa posição. Além disso, o vento estava muito inconstante, e por vezes não soprava de igual modo nas duas extremidades da linha, e vá-se lá saber porquê, calhava-nos muitas vezes a nós a zona com menos vento!

No final da tarde, tivemos a regata mais disputada do dia, contra a nossa compatriota Rita Gonçalves. Depois de uma pré-largada relativamente calma, largámos à frente mas fomos penalizadas pouco depois. No entanto, continuámos a controlar a regata até à segunda bolina, altura em que uma viragem de bordo mal conseguida nos retirou a vantagem, tendo resultado na nossa derrota.

Terminamos assim o dia sem vitórias, mas contentes com a evolução.

Até amanha!

Brisa vespertina

O primeiro dia do Portugal Women's Cup começou com uma manhã de espera - o vento teimava em não chegar! Às 15h30 fomos, finalmente, para o campo de regatas, que se situou ao largo da Praia da Rocha, junto ao molhe Oeste da barra de Portimão. Tivemos vento fraco praticamente toda a tarde, durante a qual disputámos, do princípio ao fim, o 1º Round Robin.

Dos 4 matches que fizemos, saímos vencedoras em apenas 1, contra a dinamarquesa Camilla Ulrikkeholm.

Várias foram as nossas dificuldades durante este primeiro dia: sair do controlo das adversárias na pré-largada quando nos foi atribuído lado de bombordo (azul) da linha, largar da melhor posição - que na maioria das vezes era junto à bóia -, a velocidade das manobras de içar pau de spi e o próprio spi na bóia de barlavento e a táctica à popa. No campo de regatas, havia um lado claramente vantajoso, e registavam-se várias zonas sem vento, que iam variando de posição. Tornava-se então crucial fazer uma boa largada, para sermos as primeiras a chegar ao melhor lado do campo, e evitar os buracos sem vento durante a  popa.

A vitória do dia foi conquistada graças a uma boa primeira bolina, à qual se seguiu uma popa tacticamente mais bem conseguida do que a das adversárias. A equipa dinamarquesa optou pelo lado direito do campo na segunda bolina, e nós procurámos o vento à esquerda, onde seria de esperar que surgisse mais pressão, a julgar pelas regatas anteriores. Lentamente, fomos bolinando até à bóia, que rondámos já com alguma vantagem. À popa o vento soprou ainda menos, mas conseguimos evitar os buracos sem vento e, com largos bem apertados pelas poucas linhas de vento que se avistavam, chegámos à linha com vários minutos de avanço. Foi uma grande alegria para nós, que nas regatas anteriores tinhamos tido bastante dificuldade em acompanhar as adversárias, apesar do constante esforço no sentido de corrigir erros e de encontrar soluções para os obstáculos encontrados.

Esperamos que amanhã tudo corra melhor a bordo - "a conversar é que a gente se entende" e cada match (seja ele ganho ou não) é uma oportunidade de aprendizagem. Depois de 1 dia de regatas, em que tivemos direito a gravações vídeo, fotos e comentários dos nossos acompanhantes Pedro Sampaio, Dave e Ro, já tivemos várias ideias que poremos em prática.

Obrigada pelo vosso apoio, continuem a seguir-nos :)